Joan Puig I Elías nasceu em Sallent(Catalunha) a 30-08-1898 e morreu a 05-09-1972 em Porto Alegre(Brasil). Estudou Magistério em Barcelona e se tornou mestre. Foi influenciado pelo racionalismo pedagógico de Francisco Ferrer e Guàrdia em sua escola moderna.
Participou da escola racionalista Farigola(1918) e criou a escola Natural em Barcelona, um centro escolar libertário, também uma colônia escolar e a revista Floreal.
Puig I Eulías afiliou-se e participou dos congressos da CNT defendendo o comunismo libertário e a base da revolução na forma de coletivizações.
Durante a guerra civil participou da comissão de cultura do conselho municipal de Barcelona, encarregando-se da coletivização do ensino no comitê da escola nova unificada(CENU), sendo subsecretário em abril de 1938 do ministério do ensino quando a CNT toma parte do governo estatal.
Internado em campos de concentração franceses após a derrota, participou da resistência contra os nazistas no batalhão Libertad. Em 1945, é secretário da organização do movimento libertário no exílio e em pouco tempo é nomeado secretário da cultura pela CNT no exílio. Em 1952, viaja à América e se instala em Porto Alegre, participando da sociedade espanhola de socorros mútuos e contra a repressão franquista.
Publicações:
Colabora com a revista Horizontes(1937);
Discursos e Conferências(1936);
Origem da Festa de Natal(1938);
O Homem, o Meio e a Sociedade;
Os Fatores Determinantes da Conduta do Indivíduo(1970);
Em Junho de 2008, é homenageado com seu nome numa placa, fundando-se o Centro Cultural Joan Puig I Elías.
(Outubro de 2008).
O Centro Cultural Juan Puig Elias está situado em Sallent/Barcelona.
ResponderExcluirJuan Puig Elias acreditava que os povos jóvens das Américas eram mais receptivos para uma cultura libertaria, já que o desenvolvimento da Europa estava muito empacado em ódios e guerras fraticídas.
ResponderExcluirVeio exilado da França para o Brasil e ao chegar, em 1952, na cidade de Porto Alegre, buscou lecionar na PUC mas foi impedido pelo controle reacionário e racista que a Igreja mantinha sobre a Educação no estado.
Pedagogo catalão.
ResponderExcluirComeçou suas atividades educativas, junto com outros professores da CNT, na Escola Natura (Clot/Barcelona), onde nos anos vinte do século XX concentravam-se as industrias do ramo textil.
Sindicalizou-se, desde muito jóvem na CNT, foi nomeado presidente do Sindicato de Profissões Liberais filiado à CNT.
Em julho de 1936 ocupou a Presidência do Conselho executivo do CENU (Conselho da Escola Nova Unificada)que reorganizou a Educação na Catalunha durante a revolução espanhola.
A obra "Cauldal Pedagógico da Revolução Espanhola" condensou o espírito libertario da proposta educacional implantada.
Na parte espanhola dos Perineos, com recursos próprios, manteve uma escola voltada para os órfãos e filhos dos milicianos que estavam no frente de batalha.
No exilio francês, inicialmente internado em campos de concentração, trabalhou em duas frentes de lutas, uma com a Resistência e outra voltada para a libertação da Espanha.
Dedicou-se a conferências, exposições, palestras e organizou, junto com outros professores, um Curso de Filosofia por correspondência dirigido à exilados espanhois.
Depois no Brasil, com outros exiliados e remanescentes da Confederação Operária Brasileira /Movimento Libertario Brasileiro, continuam sua dedicação a educação, a cultura e o associativismo.
É considerado um continuador da obra de Francisco Ferrer, desenvolveu seu próprio método pedagógico: a Escola Natura.
Separa as questões específicamente sindicais das do trabalho escolar (1).
Referências:
1. Monés i Pujol-Busquets, Jordi: Breve Dicionário da Educação. Coleção Guix, núm. 10. Graó Editorial, Barcelona. ISBN 84-85729-43-9, planes 71-72
Tradução livre com informações adicionais de:
ca.wikipedia.org/wiki/Joan_Puig_i_Elias