sábado, 31 de janeiro de 2009

Procedimentos fundamentais para a organização da COB/ACAT/AIT-IWA

C.O.B. - CONFEDERAÇÃO OPERÁRIA BRASILEIRA – IWA

Caixa Postal 10 563, CEP 90010-970, PORTO ALEGRE (RS) - BRASIL

cobforgs@yahoo.com.br (51) 3222 9817

Rua Visconde do Rio Branco 487, sala 401, Bairro Floresta, Porto Alegre


Procedimentos fundamentais para a nossa organização continental.


Como se não houvesse nenhum outro motivo, chamamos a atenção do peso da economia brasileira em um país com 180 milhões de habitantes onde a maioria dos que trabalham recebem 1,5 salários mínimos por mês (U$259,38) dólares.

Graças e isso o Brasil é a 10ª economia mundial devido as suas exportações que elevam o PIB, mas, mantém a extrema pobreza 55 milhões de pessoas.

A capacidade de luta sindical no Brasil seguem os interesses dos patrões e do Estado.

No Brasil, temos mais de 16.000 sindicatos, e existem mais de 22.000 requerimentos no Ministério do Trabalho para a constituição de novas entidades, intensificando uma realidade onde, em uma mesma empresa, os trabalhadores são divididos em dezenas de categorias profissionais.

Na realidade, os resultados pretendidos com a estrutura sindical a partir da CLT

(Legislação Trabalhista Nacional), embora não admitidos pelo governo central, eram o de proporcionar controle estatal por meio da tutela legal, de todas as relações entre trabalhadores e patrões, numa estratégia totalitária típica do regime político vivido pelo Brasil naquele período, por intermédio de vários mecanismos, dentre eles o imposto sindical obrigatório, que foi criado, no Brasil em 8/07/1940, pelo do Decreto-lei nº2.377 mantido e revigorado até hoje.

A CONFEDERAÇÃO OPERÁRIA BRASILEIRA, fundada no 1º Congresso Operário Brasileiro, em 1906, e as idéias do anarco-sindicalismo e do sindicalismo revolucionário foram destruídas militarmente com apoio da Igreja, do Estado sob orientação internacional da OIT, os quais viam com medo uma organização sindical autônoma e revolucionária. A sistematização conferida pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, de 1943, dotou o Brasil de uma estrutura sindical com raízes corporativas de concepção italiana (fascista). Os resultados pretendidos com a estrutura sindical a partir da CLT foi o de proporcionar controle estatal por meio da tutela legal de todas as relações entre trabalhadores e patrões.

O que urge romper nos dias de hoje.

“Atualmente, estamos no 3o milênio, em 2008, e um horizonte novo se abre para o Anarquismo em sua universalidade. Mais do que nunca a idéia central dos libertários foi tão necessitada por um mundo politicamente e economicamente enfermo. A crise financeira geral que se abate sobre o capitalismo neo-liberal é muito intensa, possivelmente quase intransponível. Agora, de fato necessita-se de um sindicato universal, englobando o mundo inteiro. Imaginem, um único dia de trabalho paralisado por todos os trabalhadores no mundo todo, o quanto prejudicaria os lucros do capitalismo universalmente instituído” Jorge Furtato.

O Movimento de Reconstrução da Confederação Operária Brasileira e de retomada da estratégia do sindicalismo revolucionário é incipiente, pois ressurge depois de 1986 e só em 2004 se consegue criar o primeiro Sindicato revolucionário, o Sindicato de Artes e Ofícios Vários de Porto Alegre, que não é reconhecido pelo Estado.

O Secretariado da COB/IWA-AIT, Brasil, é mantido pela FORGS na cidade de Porto Alegre, na região Sul do país.

Comunique-se com a COB/IWA-AIT no Brasil, escreva um e-mail para a cobforgs@yahoo.com.br ou envie correspondência para COB/AIT, Caixa Postal nº 10563, CEP 90001-970, Porto Alegre (RS) o Brasil.

O endereço do Secretariado da COB/IWA-AIT no Brasil é: Rua Visconde do Rio Branco 487, sala 401, Bairro Floresta, Porto Alegre - CEP 90 220-231, Rio Grande do Sul, Brasil. O telefone é (51) 3222 9817, (sempre a noite e nos sabados).

As comunicações serão feitas preferencialmente em português e espanhol, porque nós temos dificuldades com inglês.

Saudações Anarko-Sindicalistas

Secretariado da COB/ACAT/AIT-IWA

domingo, 18 de janeiro de 2009

Breve Indicação sobre a História do Anarquismo e a Luta dos Trabalhadores


O Anarquismo como realidade histórica tem, no século 20, apresentado contextos específicos.
Os episódios de Kronstadt e da Ucrânia cederam lugar, nos anos 30, à revolução espanhola, que ocorreu de 1936 a 1939 naquele país hibérico. Um grupamento matizado de forças de esquerda compateram o inimigo franquista numa guerra aberta, dramática e apaixonante. Essa frente de esquerda foi composta por republicanos, socialistas, comunistas, trotskistas e, basicamente por anarquistas. Estes últimos controlavam o sindicato CNT e a FAI. Os socialistas se organizaram sindicalmente através da UGT. O presidente desta primeira república espanhola foi Largo Caballero, um trabalhador estuquista. O principal líder militar anarquista foi Durruti, o reduto dos anarquistas foi a Catalunha(Barcelona) e a batalha de Madri foi decisiva,a reação de direita comandada por Franco veio do sul através de Gibraltar e da província monárquica de Castela. As forças da frente popular foram derrotadas em 1939, quando um processo de perseguição relativo à esquerda espanhola se desencadeou aberta e universalmente. Contudo, a experiência espanhola entrou para a história do Ocidente como um locus onde temporariamente o Anarquismo vingou em sociedade humana. Nos anos da revolução, o número de crianças na escola triplicou e os têxteis entraram na economia e indústria espanhola. Como país de trabalhadores o Brasil tem por sua vez uma história política e sindical onde o Anarquismo tem ao longo dos anos, um revérbero de lutas e enfrentamento contra a burguesia e os poderosos, toda a conquista da organização autônoma dos trabalhadores se deve aos operários anarquistas brasileiros, embora os regimes republicanos têm paulatinamente e historicamente minado essas conquistas universais dos nossos trabalhadores.O momento presente é o de luta pela retomada dos direitos mais sagrados dos trabalhadores, em todos os quadrantes produtivos do operariado brasileiro em solo nacional.Incrivelmente, hoje temos que lutar contra as centrais sindicais entreguistas que fazem o jogo e a prática dos governantes e dos patrões. Por exemplo, a luta pela redução da jornada de trabalho para 30 horas sem redução salarial e concomitantemente contra o desemprego segue sendo uma bandeira de luta do movimento libertário. O governo da República e o parlamento estão negociando por uma jornada de trabalho de 40 horas semanais com redução salarial. A jornada de 30 horas sem redução salarial tem sido conquistada(setores obreiros de ponta, como os bancários, professores, funcionários públicos, o que vem desde os anos 30). Esses avanços corporativos deveriam ser estendidos para toda a classe trabalhadora.
Essas conquistas se devem a importancia da luta sindical da Confederação Operária Brasileira e da Federação Operária do Rio Grande do Sul através da qual os trabalhadores entenderam que o caminho do proletariado está na luta economica do proletariado sindicalmente organizado. Esse é o caminho do sindicalismo revolucionário, essa é a luta dos anarco-sindicalistas.

"a emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores"