sábado, 21 de fevereiro de 2009

A crise atual e a postura dos trabalhadores


O capitalismo devido à sua própria natureza comporta crises periódicas e históricas. Isso ocorre não de maneira superestrutural mas devido a sua própria essência. O fator gerador primário das crises desse regime econômico se resume na crise de confiabilidade dos mercados de capitais e das instituições econômico financeiras em geral. A explicação é simples: quando os papeis dos investidores são afetados por um grau suficientemente intenso de desconfiabilidade, os seus portadores correm em massa às Bolsas para deles se desfazerem assim tornando-se tais destituidos de qualquer valor. É assim que se define confiabilidade no capitalismo, deste modo aconteceu no ano de 1929 (EUA) se agravando por toda a depressão dos anos 30 (verifica-se que só na segunda guerra mundial os países capitalistas, principalmente os EUA, superaram a crise).

A crise atual que se originou a partir do segundo semestre de 2008. Iniciou com a crise específica das hipotecas no mercado norte-americano; logo, se espalhou no sistema bancário como uma virose e o primeiro banco que naufragou foi aquele que comprava dividas falidas. Imediatamente o Sistema reagiu dramática e negativamente com o arrefecimento da atividade econômica e, diminuição da produção, do crédito e do investimento, por parte do Capital e com o desemprego universal por parte dos trabalhadores que tem vivenciado nesses dias a perda dos seus direitos trabalhistas mais sagrados com demissões, redução de salário e férias forçadas. Nesse mês de fevereiro o Sistema Capitalista já se encontra globalmente em recessão com os índices de crescimento econômico reduzidos e comprometidos.

Qual será o papel dos trabalhadores e de suas entidades de representação? Fortalecer os laços categóricos que ligam os trabalhadores e os constituem como Classe específica no interior do Sistema. Por exemplo se tivessemos uma organização mundial do trabalho que fosse integralmente representativa de todos os trabalhadores sobre a superfície do planeta (como reivindica a própria AIT), um dia sòmente de greve geral, como antídoto universal bastaria para voltar a economia mundial ao prumo (e também a aprovação unánime do protocolo de Quioto!).

Históricamente os trabalhadores têm tentado se organizar mundialmente criando por exemplo as quatro internacionais e uma multiplicidade complementar de sindicatos nacionais ou mesmo internacionais (a histórica IWW, por exemplo). Se os sindicatos de trabalhadores se associassem no nível paroquial ou local, distrital, regional, nacional, continental e mundial ,uma Greve Geral repito, durando apenas um dia, causaria tamanho dano ao Capital que as concessões dos capitalistas amedrontados seriam muito maiores do que as migalhas estamentais fornecidas aos trabalhadores no processo social laborativo (Spartacus).

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