terça-feira, 30 de junho de 2009

Sobre a Revolução Castrista Cubana

Nos fins dos anos 50 Cuba era apenas uma colônia turística dos EUA a qual era regida por um governo colaboracionista relativamente à esta potência mundial o qual tinha como primeiro mandatário o ditador Fulgêncio Batista. Foi quando Fidel Castro, Ernesto Guevara e outros bravos marcharam para as regiões urbanas(Havana e outras cidades) a partir das montanhas(estratégia "foquista") e assim depuseram Batista proclamando Cuba uma república livre. O movimento castrista era até então visto com bons olhos pelos EUA mas logo após a revolução de Castro e Guevara, estes se auto-declararam marxistas-leninistas e se aproximaram do bloco soviético deixando as autoridades norte-americanas boquiabertas. Sob o governo Kennedy, foi realizada uma invasão malograda na baía dos porcos, a qual foi rechaçada pelas milícias cubanas(diz-se que Castro acautelou Kennedy quanto a um possível atentado contra sua pessoa, o que realmente aconteceu). Foram fuziladas cerca de um milhar de pessoas antagonistas ao regime castrista recém-instalado. O relógio do apocalipse tornou-se criticamente adiantado quando Nikita Kruchev propôs a instalação de mísseis com ogivas nucleares em solo cubano. A aproximação a URSS de um modo total impediu qualquer ação norte-americana na ilha de Fidel. Contudo, os mesmos EUA promoveram um histórico bloqueio geral contra Cuba e esta foi alijada da OEA. Quem foi a Cuba sabe o quanto as pessoas sofrem de necessidades lá. Por exemplo, os automóveis circulantes são os mesmos do tempo da ditadura de Batista e se movem a partir do emprego de peças de reposição fabricadas artesanalmente em oficinas mecânicas. Existem táxis movidos a tração de bicicletas, o povo não tem coisas simples tais como canetas esferográficas, batons, sabonetes, etc. Há também um hotel onde os cubanos não podem frequentar, existindo só para turistas extrangeiros. Lá não se usa barba em respeito aos "comandantes" revolucionários do passado. Contudo, a medicina comunitária(ou de família) e a psiquiatria cubanas são extremamente adiantadas e humanamente dirigidas à cidadania, sendo, junto com a Inglaterra, um modelo para todo mundo. Fidel é reverenciado, junto à memória de Ernesto "Che" Guevara, médico argentino revolucionário que, após a revolução cubana voltou à América Latina para lutar pela revolução universal, sendo finalmente capturado e morto na Bolívia. Há numa baía um canhão que todos os dias dá um tiro em memória da revolução, existem em grandes paredes de prédios imensos posters de Guevara e os discursos regulares de Fidel Castro chegam a durar horas a fio. A revolução sandinista na Nicarágua em 1979 foi monitorada e auxiliada por milícias cubanas que treinaram os combatentes de Daniel Hortega. Contudo, a idade parece ter limitado o "grande comandante" e recentemente ele passou o comando da ilha para seu irmão Raul Castro. Este, por sua vez, iniciou uma verdadeira e necessária abertura de Cuba ao mundo restante. O governo norte-americano de Barack Obama esboçou simpatia em reatar relações com Cuba, a OEA também expressou desejo de integrá-la em seu seio. Cuba, contudo, se mostrou altiva e disse não estar interessado na OEA. Contudo, todas as tendências parecem indicar que Cuba vai perder essa queda de braço com os EUA, a OEA e o resto do mundo livre. Acredita-se que isto é apenas uma questão de tempo(Spartacus).

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