terça-feira, 30 de junho de 2009

A Relatividade, o Legado de Albert Einstein

Albert Einstein era filho de Hermann Einstein, judeu-alemão, dono de uma oficina eletro-mecânica, atividade na época equivalente em importância à atual informática. Desde menino, Einstein era muito curioso e, inicialmente, duas coisas atraíram seu interesse, um pedaço de imã e o teorema de Pitágoras, cuja demonstração obteve facilmente. Já rapaz, tentou ingresso na Escola Politécnica de Zurique, mas foi na primeira vez reprovado por apresentar frágeis conhecimentos em humanidades. Com um professor particular, tentou novamente e diretor daquela escola o deixou ingressar apenas pelo seu bom conhecimento em matemáticas e ciência natural. Como aluno, gazeava muitas aulas e geralmente obtinha as lições copiando-as dos cadernos de seus colegas. Assim foi com a geometria diferencial e a análise tensorial. Einstein comprou a cidadania suíça e mesmo com a terceira falência de seu pai(que o queria engenheiro), aquele decidiu ser físico teórico. Diz-se que buscou o conhecimento matemático adequado para a suas hipóteses científicas(a saber, a teoria universal das covariantes) e que sua primeira mulher, Marlova tinha bom conhecimento em matemática, a mesma que mais tarde morreu demente. Einstein estudou as obras de Maxwell, Faraday, Hertz, Poincarè, Ernst Mach, Lorenz-Fitzgerald a relatividade galilaica-newtoniana. No início do século XX escreveu um estudo sobre o movimento browniano e em 1905, apresentou sua tese sobre o efeito fotoelétrico. Mais foi suas formulações sobre as assimetrias nas equações de Maxwell-Hertz quando empregava-se a relatividade galilaica-newtoniana que lhe trouxe notoriedade inicial. Primeiramente, recusou-se a aceitar a existência do Éter como fluido universal que serviria de referencial absoluto(o que foi negado através dos experimentos muitas vezes repetidos por Michelson e Morley). Depois, trocando as equações daquela relatividade por aquelas com base nas transformações de Lorenz e aplicando-as nas equações da eletrodinâmica clássica, verificou que desapareciam tais assimetrias nas medições dos fenômenos do eletromagnetismo. Assim, Einstein chegou à formulação de sua denominada teoria da relatividade especial(cujas conclusões já se encontravam há 50 anos nas equações do eletromagnetismo e ninguém percebera isso). Deste modo, Einstein estabeleceu que as equações da eletrodinâmica clássica eram invariantes quando submetidas à transformação de Lorenz. Como visto, isto foi em 1905. Dez anos mais tarde e apresentado em 1916, Albert Einstein concebeu a teoria da relatividade geral, com base no princípio de covariância geral e assim estabeleceu que as leis físicas eram covariantes, aplicando à sua hipótese física a análise tensorial. Assim, passados alguns anos, conseguiu fortes indícios de que sua teoria era de fato verdadeira. Por exemplo, a precessão do periélio da órbita de Mercúrio foi determinada com mais precisão do que a mesma formulação feita por Newton. De fato, numa medição feita em diferentes locais do globo em 1919, inclusive na Bahia, um eclipse solar indicou a deflexão da luz proveniente das estrelas distantes em relação ao Sol mostrando que os raios de luz se curvavam quando passavam nas vizinhanças dele, o que foi exaustivamente verificado. Assim, as teorias da relatividade foram amplamente ratificadas. Quanto às formulações de Werner Heisemberg sobre a mecânica quântica, Einstein colidiu de frente com essa teoria e nunca a aceitou, dizendo que "Deus não jogava dados para decidir a trajetória de uma partícula". Albert Einstein passou seus últimos dias estudando e tentando formular uma teoria consistente do campo unitário, graal da Física que unificaria as quatro forças do mundo natural, a saber, a gravitação, a eletrodinâmica e as forças fortes e fracas do átomo. Contudo, Einstein não alcançou esse limiar e ao lado de seu leito de morte no hospital ele deixou alguns conteúdos escritos à mão com notas sobre essa última teoria, como apontamentos derradeiros que ele não conseguiu finalizar. Ele morreu em 1955. Em vida, inquirido sobre o que fazer na possibilidade de ter apenas uma hora a mais para viver, ele disse que tentaria organizar alguns papéis para a posteridade e, depois, se deitaria na cama esperando o momento vindouro de partir dessa vida. Sua existência e trabalho o fizeram o cientista mais popular e mais admirado da história(Spartacus).

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