segunda-feira, 23 de março de 2009

A Ascensão do Nazismo na Alemanha Pretérita

O advento do regime totalitário de direita na Alemanha do início do século 20 tem relação direta com a corrida colonial iniciada no século 19. Sabe-se do estudo de história que tanto a Itália como a Alemanha foram retardatários àquela corrida em relação às outras potências européias. Isso se deveu à atividade de unificação interna a ser realizada por aqueles dois países(a Itália era composta de várias cidades-estado e a Alemanha, de mais de 100 principados eclesiásticos e seculares, situação que perdurava desde a idade média). Em desvantagem quanto ao número de colônias na África e no Oriente, um contexto animoso se configurou entre as potências européias as quais se polarizaram em duas ligas ou conjugações antagônicas. O atentado derradeiro que vitimou o herdeiro do trono austríaco na Sérvia foi o estopim para uma guerra sem sem precedentes, a qual foi denominada Primeira Guerra Mundial. Após rápido movimento de tropas nos campos de batalha, o confronto de polarizou em frentes de extensas trincheiras e assim se imobilizou. Ali toda uma geração de juventude pereceu suspensa nos arames farpados dos campos de Marte desposando Belona. O próprio socialismo europeu cedeu lugar ao chauvinismo aberto e desavergonhado, sendo os deputados socialistas aprovando os créditos de guerra para seus próprios Estados nacionais e possibilizando o confronto geral. Os aliados encabeçados pelos ingleses e franceses perderam a Rússia que se retirou da guerra para realizar sua própria revolução em 1917. A Alemanha assinou derrotada o armistício em 1918 ainda em solo extrangeiro. A despeito do presidente norte-americano Wilson que propunha "uma paz sem vencidos nem vencedores", a diplomacia anglo-francesa de Clemenceau e Lord George exigiu enormes retaliações à Alemanha, inclusive o confisco de navios, trens, rotas marítimas e uma dívida em marcos-ouro a ser paga até 1984. Imediatamente após o término da guerra, originaram-se as condições político-emocionais para a revolução alemã em 1919, liderada por Rosa de Luxemburgo e Karl Liebtneck a qual infelizmente abortou. Nos despojos dessa malfada revolução, instituiu-se a República de Weimar naquele mesmo ano, já comprometida com as forças armadas, os "corpos livres"(forças paramilitares de direita) e a nobreza rural junker. Assim, de 1919 a 1933, essa república sofreu grande número de revezes até ser finalmente golpeada pela proposta totalitária de Adolph Hitler(em 1923, Hitler blefara em Munique com um suposto golpe após o qual ele e Rudolph Hess permanecem seis meses em Landsberg onde o primeiro escreve sua obra político-ideológica, "Minha Luta"). A Alemanha nunca tivera tradição democrática e seus regimes políticos sempre foram autocráticos, desde o primeiro Reich na idade média, o segundo Reich de Bismark e finalmente o terceiro Reich de Hitler. A talentosa e pródiga república de Weimar com seu progresso artístico, literário, plástico, musical, cinematográfico e arquitetônico(Walter Gropius(Bauhaus, Glashaus e Werkbund), o Dadá de Picabia, Tzara e Duchamp e as gravuras expressionistas de Kate Kölvitz) cedeu lugar à ditadura hitlerista em 1933. Daí este ditador inaugurou um sem-número de pedras fundamentais e grandes obras que modernizaram o país embora militarizando-o progressivamente até 01-09-1939, quando as forças armadas alemãs invadiram a Polônia iniciando a denominada segunda guerra mundial. Após seis anos de confronto contra as potências aliadas ocidentais, com todas as linhas alemãs rompidas, em abril de 1945 o front ocidental entrou em colapso e Hitler, antes de morrer, entregou o terceiro Reich para o almirante Döenitz, seu derradeiro herdeiro político. O número de pessoas mortas nesta guerra totalizaram 40 milhões, sendo 6 milhões de judeus que pereceram nos campos de extermínio nazistas. O mundo do século 20 presenciou estas duas guerras bárbaras num nível bélico que se deu segundo um modo globalmente inédito(Spartacus).




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