domingo, 18 de janeiro de 2009

Breve Indicação sobre a História do Anarquismo e a Luta dos Trabalhadores


O Anarquismo como realidade histórica tem, no século 20, apresentado contextos específicos.
Os episódios de Kronstadt e da Ucrânia cederam lugar, nos anos 30, à revolução espanhola, que ocorreu de 1936 a 1939 naquele país hibérico. Um grupamento matizado de forças de esquerda compateram o inimigo franquista numa guerra aberta, dramática e apaixonante. Essa frente de esquerda foi composta por republicanos, socialistas, comunistas, trotskistas e, basicamente por anarquistas. Estes últimos controlavam o sindicato CNT e a FAI. Os socialistas se organizaram sindicalmente através da UGT. O presidente desta primeira república espanhola foi Largo Caballero, um trabalhador estuquista. O principal líder militar anarquista foi Durruti, o reduto dos anarquistas foi a Catalunha(Barcelona) e a batalha de Madri foi decisiva,a reação de direita comandada por Franco veio do sul através de Gibraltar e da província monárquica de Castela. As forças da frente popular foram derrotadas em 1939, quando um processo de perseguição relativo à esquerda espanhola se desencadeou aberta e universalmente. Contudo, a experiência espanhola entrou para a história do Ocidente como um locus onde temporariamente o Anarquismo vingou em sociedade humana. Nos anos da revolução, o número de crianças na escola triplicou e os têxteis entraram na economia e indústria espanhola. Como país de trabalhadores o Brasil tem por sua vez uma história política e sindical onde o Anarquismo tem ao longo dos anos, um revérbero de lutas e enfrentamento contra a burguesia e os poderosos, toda a conquista da organização autônoma dos trabalhadores se deve aos operários anarquistas brasileiros, embora os regimes republicanos têm paulatinamente e historicamente minado essas conquistas universais dos nossos trabalhadores.O momento presente é o de luta pela retomada dos direitos mais sagrados dos trabalhadores, em todos os quadrantes produtivos do operariado brasileiro em solo nacional.Incrivelmente, hoje temos que lutar contra as centrais sindicais entreguistas que fazem o jogo e a prática dos governantes e dos patrões. Por exemplo, a luta pela redução da jornada de trabalho para 30 horas sem redução salarial e concomitantemente contra o desemprego segue sendo uma bandeira de luta do movimento libertário. O governo da República e o parlamento estão negociando por uma jornada de trabalho de 40 horas semanais com redução salarial. A jornada de 30 horas sem redução salarial tem sido conquistada(setores obreiros de ponta, como os bancários, professores, funcionários públicos, o que vem desde os anos 30). Esses avanços corporativos deveriam ser estendidos para toda a classe trabalhadora.
Essas conquistas se devem a importancia da luta sindical da Confederação Operária Brasileira e da Federação Operária do Rio Grande do Sul através da qual os trabalhadores entenderam que o caminho do proletariado está na luta economica do proletariado sindicalmente organizado. Esse é o caminho do sindicalismo revolucionário, essa é a luta dos anarco-sindicalistas.

"a emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores"

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